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Economia – São Paulo

Humanas

DESCRIÇÃO DO CURSO

O que você vai estudar no Curso de Economia?

A Ciência Econômica é uma ciência social aplicada que estuda como pessoas e organizações tomam decisões para chegarem em seus objetivos dadas suas preferências e limitações de recursos.

O principal objeto de estudo da Ciência Econômica são os conjuntos de atividades desenvolvidas pelas pessoas e organizações visando a produção, distribuição e o consumo de bens e serviços necessários à sobrevivência e à qualidade de vida. Mas, notavelmente desde pelo menos a década de 70, o escopo do que é estudado pelas Ciências Econômicas vem cada vez mais se ampliando, abarcando inclusive áreas que antes não eram vistas como objeto de estudo natural da economia ou estavam em sua margem, tal como crime, educação, eleições, saúde e desigualdade.

A Economia enquanto ciência se divide em dois principais campos: A Microeconomia e A Macroeconomia.

A Microeconomia estuda como indivíduos, firmas e outras organizações interagem entre si e tomam decisões sobre consumo, investimento e produção a nível de mercados e setores específicos. Em Microeconomia, estuda-se as diferentes estruturas de mercado, desde competição perfeita até monopólio, e diferentes tipos de falhas de mercado, como quando as decisões de alguém influenciam negativamente alguém não envolvido na negociação, o que pode gerar ineficiências. Campos como Economia Urbana, do Trabalho, da Educação, e do Meio Ambiente também pertencem à Microeconomia.

A Macroeconomia estuda os grandes agregados nacionais, como inflação, desemprego, PIB, desigualdade, exportação e importação, e a interação entre todas essas variáveis. O campo estuda desde as flutuações econômicas de curto prazo, com recessões e booms econômicos, até as razões por trás do crescimento de longo prazo do PIB desde a Revolução Industrial.  Em busca de uma teoria consistente, a Macroeconomia é frequentemente construída a partir de bases firmadas na Microeconomia.

Na busca por entender relações de causa e efeito no comportamento da economia e da sociedade, os economistas usam de um amplo ferramental técnico e de conhecimentos de outras ciências sociais. A matemática é usada na construção de modelos, isto é, representações simplificadas da realidade que buscam extrair o que há de mais essencial no comportamento de um dado objeto de estudo. A estatística e econometria são usados em estudos empíricos para testar a validade de hipóteses e de modelos propostos. A programação auxilia em ambas as tarefas e atualmente faz parte do cotidiano da maioria dos economistas, seja no setor privado, no setor público ou na academia.

Conforme o escopo do estudo econômico se amplia, também cresce a necessidade de maior compreensão das demais ciências sociais. A História, por exemplo, é essencial na compreensão de como instituições que existem se estabeleceram e até hoje influenciam o funcionamento da economia e da sociedade. Já a Psicologia é fundamental na Economia Comportamental, que estuda como fatores psicológicos e cognitivos influenciam a tomada de decisões de pessoas e organizações – tanto é que dois dos fundadores do campo (Daniel Kahneman e Amos Tversky) eram psicólogos, e não economistas.  Até a Linguística pode ser de grande ajuda no estudo da Economia, como o uso de Processamento de Linguagem Natural em redes sociais para tentar prever o comportamento do mercado financeiro ou a compreensão de como a difusão de narrativas na sociedade pode influenciar o comportamento de choques macroeconômicos.

Assim, com a base de Microeconomia e Macroeconomia, um amplo ferramental técnico e auxílio de outras áreas das ciências sociais, o economista desenvolve habilidades extremamente relevantes para o setor privado, seja no mercado financeiro ou na tesouraria de empresas; para o setor público, no desenho de melhores políticas públicas; e para a academia, na busca da compreensão do funcionamento da sociedade.

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